Plano Curricular para o ano lectivo 2018/2019

(recomenda-se a consulta prévia do Plano de Curso)

1º semestre

Teorias da Arte
Docentes: José Quaresma,Fernando Rosa Dias, José Pedro Serra, Jorge Ramos do Ó, Fernando Pereira, António Sousa Dias, Carlos João Correia
Horário: Quinta-feira, das 11h00 às 13h00
Local: Faculdade de Belas Artes
Sinopse da unidade curricular: [ver]

Tendo por base o estudo de doutrinas e obras fundamentais de referência, serão especialmente considerados, nesta disciplina de carácter introdutório: a evolução da concepção de Estética e a caracterização dos seus principais modelos; a questão da definição e da essência da arte; os processos investigativos e científicos desenvolvidos na área das artes, e outros temas mais específicos.

Programa detalhado de Teorias da Arte (2017-2018) »



Os doutorandos terão de escolher um dos seguintes seminários:

Voz (não é oferecido em 2018-2019)
Docente: a indicar brevemente...
Horário: brevemente...
Local: Escola Superior de Teatro e Cinema
Sinopse da unidade curricular: [ver]

Brevemente....



Movimento (no ano lectivo 2018-2019 funcionará no 2.º semestre)
Docente: Prof. Doutor Jean Paul Bucchieri
Horário: Segundas-feiras das 15h00 às 18h00
Local: Escola Superior de Teatro e Cinema
Sinopse da unidade curricular: [ver]

Procura-se fomentar uma reflexão sobre a função e a compreensão do movimento do intérprete nas linguagens contemporâneas. Trata-se de investigar um corpo capaz de organizar os pressupostos híbridos que se manifestam transversalmente nas artes performativas. Através do conceito de Terceiro Corpo procura-se refletir os mecanismos de criação das linguagens contemporâneas, investigando uma possível sistematização dos seus pressupostos. O conceito de Terceiro Corpo, nas suas funções práticas, sustenta o abatimento de fronteiras das linguagens contemporâneas. Pretende-se investigar um corpo iminentemente prático, não virtuoso e pensar o movimento através de uma reflexão filosófica e antropológica.



Teoria (aulas têm inicio no dia 19 de Outubro)
Docentes: Eugénia Vasques / David Antunes
Horário: Quinta-feira das 10h00 às 13h00
Local: Escola Superior de Teatro e Cinema
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Módulo 1:
Debates acerca de teatro são frequentemente debates sobre os efeitos do teatro. O programa propõe a leitura de textos em que se descrevem, justificam e problematizam os efeitos do teatro ou alguns efeitos que o teatro reclama como seus. Dar-se-á especial atenção ao significado daquilo que Aristóteles designou por catarse.

Módulo 2:
O texto em que se centrará este módulo é O Pequeno Organon (1948) de Brecht. Entendido aqui como "diálogo" com as normas aristotélicas, procurar-se-á, por detrás dos seus 77 pontos, o diagnóstico do autor sobre o seu tempo artístico e as escolhas a que procede para se construir uma pessoal genealogia teatral.



Imagem (aulas têm inicio no dia 6 de Outubro)
Docente: José Bogalheiro
Horário: Sexta-feira das 15h00 às 18h00
Local: Escola Superior de Teatro e Cinema
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Sinopse da unidade curricular: O programa, não ignorando a vastidão do universo das imagens, no seu exame, não se ocupará tanto da taxinomia para as classificar quanto, constatando o privilégio que ganharam entre os espectadores as que designamos cinematográficas, de demonstrar que qualquer reflexão sobre a imagem remete sempre para a experiência do receptor. Propondo-se identificar em que consiste essa “acção simbólica” que, na perspectiva adoptada, é correlativa da figuração, visar-se-á, quer na produção de imagens quer na análise que a acompanhará, criar condições para uma experimentação que não se esquive à necessidade de pensar, de novo, a função da imagem.



Interpretação (aulas têm inicio no dia 5 de Dezembro)
Docente: Jean Paul Bucchieri
Horário: Segundas-feiras das 15h00 às 18h00
Local: Escola Superior de Teatro e Cinema
Sinopse da unidade curricular: [ver]

O programa investiga a definição do lugar do intérprete, a partir dos problemas epistemológicos que as linguagens contemporâneas suscitam na caracterização dos seus paradigmas teóricos e práticos. Pretende-se estabelecer procedimentos, criar ferramentas, definir estratégias e analisar os pressupostos que as linguagens contemporâneas sugerem. A investigação procura debater o lugar entre um saber prático e teórico bem como a dicotomia intérprete/criador: promove-se um espaço de reflexão sobre o modus agendi dos criadores, focando a investigação na possibilidade de sistematizar os seus procedimentos. O trabalho do intérprete oscila entre o fazer e o pensar, entre o modelo de investigação científico e um fazer artístico. Estes processos requerem uma organização metodológica e sugerem uma reflexão que este seminário pretende promover.



Interpretação (Clássica/Jazz) (Não é oferecido em 2017-2018)
Docente: ...
Horário: ...
Local: Escola Superior de Música
Sinopse da unidade curricular: [ver]

Questões gerais sobre a especificidade história da emergência do jazz cerca de 1900: música de tradição escrita europeia vs músicas de origem africana de tradição oral. A dicotomia alta/baixa cultura e os seus estereótipos reproduzidos e transformados nesta prática musical e na sua "tribo" particular. Consequências da reprodutibilidade técnica como factor decisivo para a consolidação e expansão do jazz durante o século XX. Algumas dicotomias importantes nas várias práticas artísticas desta corrente: improvisação jazz/composição jazz; gravações /escrita; transmissão oral/tecnológica / ensino actual; correntes mainstream/correntes divergentes do tronco comum; pertença/individualidade. Questões específicas da produção e realização de um objecto artístico e a sua necessária articulação com uma problemática particular e individual com vista à realização de uma dissertação: problemáticas, temáticas, práticas e abordagens possíveis.



Cadeira Opcional na área de Estudos Avançados em Artes ou Estudos Avançados em Artes, Literaturas e Culturas.

Cadeiras opcionais oferecidas pela Escola Superior de Música: [ver]
História da Música do Cinema (4 semestres, 3 créditos por semestre, avaliação por teste escrito no final de cada semestre)
Docente: Sérgio Azevedo
Horário: sextas-feiras, 11:00 às 13:00, sala 2.1 da ESML
Local: Escola Superior de Música
Sinopse da unidade curricular: [ver]

Brevemente...



História da Música dos Séculos XX / XXI (2 semestres, 3 créditos por semestre, avaliação por teste escrito no final de cada semestre)
Docente: Sérgio Azevedo
Horário: sextas-feiras, 14:00 às 16:00, sala 2.1 da ESML
Local: Escola Superior de Música
Sinopse da unidade curricular: [ver]

Brevemente...



Cadeiras opcionais oferecidas pela Faculdade de Belas Artes: [ver]

Cadeiras opcionais oferecidas pela Faculdade de Letras:
Qualquer dos seminários de doutoramento (3º ciclo) oferecidos pela Faculdade de Letras pode ser escolhido como seminário de opção. É favor consultar a lista de Cursos de Doutoramento

Cadeiras opcionais oferecidas pelo Instituto de Ciências Sociais:[ver]
Estudos Sociais de Ciência e Tecnologia
Docente: Professor Doutor José Luís Garcia
Horário: Terças-feiras 17h - 19h
Local: Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Sinopse da unidade curricular: [ver]

Movimentos intelectuais e dinâmicas socioculturais I
Docente: Professores Doutores Paulo Fontes e Sérgio Campos Matos
Horário: a indicar brevemente...
Local: a indicar brevemente...
Sinopse da unidade curricular: [ver]

Metodologias da Investigação Etnográfica
Docente: Professoras Doutoras Susana de Matos Viegas e Ela Peralta
Horário: a indicar brevemente...
Local: Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
Sinopse da unidade curricular: [ver]


Cadeiras opcionais oferecidas pelo Instituto de Educação: [ver]
Para uma escrita inventiva em investigação em artes
Docente: Professor Doutor Jorge Ramos do Ó
Horário: Terças-feiras 18h30 - 20h30 (Sala 22)
Local: Instituto de Educação
Sinopse da unidade curricular: [ver]

A Unidade Curricular procurará ser um espaço de reflexão sobre questões relacionadas com a pesquisa e a escrita científica no âmbito da investigação artística. O seu objectivo consistirá em explicitar, quer no plano da informação teórica quer no das opções metodológicas, um conjunto de procedimentos no desenho e desenvolvimento de uma investigação original a realizar nos domínio das artes.

O objectivo principal desta Unidade Curricular é problematizar os processos próprios da escrita, para que o aluno de doutoramento percepcione a performance babélica que o seu exercício sempre determina. Trata-se, no essencial, de promover uma discussão intensiva em torno dos bloqueios históricos que atingem a aprendizagem, a produção e a circulação dos textos, a fim de melhor fazer a apologia de uma prática que exibe um não-acabamento consubstancial e que, assim, traduz a impossibilidade de saturar, de totalizar, de finalizar tudo o que seja da ordem da edificação. Com frequência se remeterá para autores como Blanchot, Barthes, Foucault ou Derrida, para quem o trabalho da escrita é o de um jogo infinito, de uma verdade em estado de permanente procura.

Em vez de Unidade Curricular, dever-se-ia aqui falar com mais propriedade em Seminário no sentido que lhe confere Barthes, isto é, um espaço de circulação e comentário horizontal de textos, de produção da diferença interpretativa, de uma fala exercida a partir de notas individuais tomadas a partir da palavra vizinha e de fragmentos de textos múltiplos. Essa estratégia de teatralização da escrita fornece as condições objectivas para a própria tessitura de uma narrativa pessoal que seja capaz de se referir às regras de construção das formações discursivas que nos habitam e que, ao mesmo tempo, possa partir de textualidades várias, absorver, canibalizar e originalizar-se como texto. O papel do professor será pois, apenas, o de orientador dos encontros, aquele que fornece a ocasião, aquele que fala não porque sabe, mas tão só porque escreveu e permanece escrevendo.

JUSTIFICAÇÃO:

As aulas serão realizadas tendo em vista três ordens de problemas visando, no essencial, a desencadear uma nova sensibilidade escritural: (I) as relações entre escrita, poder e verdade, com particular destaque para os procedimentos de controle, seleção, organização e redistribuição das formações discursivas; (II) a função-autor, dando ênfase tanto à assinatura como princípio de agrupamento, unidade e coerência e verdade dos enunciados, quanto à morte do autor; (III) a prática oficinal da escrita, sendo aqui feita a defesa a outrance da intertextualidade e de uma escrita simultaneamente insistente e elíptica, suscetível de inventar novos objetos e paisagens textuais no cruzamento de notas, citações e suplementos. Em todas as sessões existirão tempos de exposição seguidos de actividades de leitura em pequenos grupos para debate e reflexão crítica em colectivo.

Tratar-se-á de situar o problema dos modos de escrita escolar no sentido de um intenso processo de rarefação escriturística promovida pelas práticas pedagógicas, por meio da universalização de um dispositivo curricular que, via um conjunto complexo de operações específicas em torno dos trabalhos de leitura, universaliza e fixa o comentário como o aporte máximo da cultura escolar, mesmo a universitária. As práticas de escrita, alvo precípuo da intervenção pedagógica e objecto de acirradas formas de normalização, de enquadramento e de policiamento, oferecem-se como continente temático privilegiado – embora raramente abordado criticamente, obliterado que é por uma espécie de idealização constante – de interpelação analítica da maquinaria escolar moderna. Trata-se, pois, de situar a escrita não apenas como ponto de chegada dos fazeres, mas como um modus operandi estratégico da disciplinarização institucional escolar.

O mais importante estará em que o aluno do doutoramaneto em artes reconheça a importância de uma apropriação dos temas e debates da teoria social contemporânea, acreditando que lhe pode ser possível reinterpretar velhas e novas produções discursivas, artísticas ou não, da mesma maneira que admita poder começar a produzir uma escrita de autor, isto é, de rompimento e de reinvenção da herança do passado e das afirmações consensuais-naturalizadas do presente. Para tanto, as aulas organizam-se entre a exposição de problemas teóricos com a análise de textos cujo conteúdo possa reverter para o programa individual de escrita de cada aluno. Trata-se, assim, de refletir sobre um trabalho de deslocação que se exerce sobre o jogo de palavras. Deslocar-se na linguagem, conduzir-se pelo mesmo eixo do poder, mas para se chegar aonde não se é esperado; como se, em última instância, se admitisse que o texto contém em si também uma força que permite fugir à palavra, que se agrega indefinidamente, e nos impele para uma outra dimensão, para um lugar ainda não classificado, atópico; como se a língua se pudesse apenas combater no interior da própria língua.

CONTEÚDOS:

Introdução
- A construção do objecto de investigação
- A escrita como produção de um idioma pessoal
- A escrita como circulação entre textos
- A evolução das concepções da produção escrita nos currículos escolares
- As práticas de revisão-reescrita como acelerador da evolução da linguagem escrita
- A aprendizagem da escrita como via de redescoberta, reconstrução e compreensão avançada da língua.
- Uma concepção do trabalho da escrita como prática de diferenciação pedagógica assente em estruturas de comunicação sistemática
- O papel do professor na gestão colaborativa e no apoio directo à produção e ao desenvolvimento da textualidade

1. Antinomias do ler e do escrever nas práticas escolares
- A Gramática da Escola Moderna: antinomias do ler e do escrever
- Disciplina versus ciência: os princípios de rarefação do discurso e a vontade de verdade na modernidade.
- O comentário sobre as narrativas maiores

2. Função-autor e elisão do sujeito da escrita
- O autor como princípio de agrupamento/unidade/origem/coerência do discurso
- As quatro características da função autor: o livro como objeto de apropriação; o fim do anonimato do autor; a atribuição de um discurso a um autor; o valor, a coerência conceptual e a unidade estilística do autor
- A posição transdiscursiva do autor: poder e glória

3. O espectro disciplinar do trabalho escriturístico escolar
- A ideia de método como atalho: a precedência da leitura
- A explicação escolar e os trabalhos da interpretação: modelo, retrato e sentido na leitura - Gramática e verdade: a escrita policiada
- Disciplina e manual escolar: a forma herdada da escrita clássica

4. A escrita como prática de si
- A escrita e o deslocamento do sujeito: o incalculável, o imprevisível
- A vida como obra de arte
- A morte do autor

5. Em defesa de uma agonística da escrita académica
- A lei do crescimento da narrativa e a obra inacabada
- O artesanato do estilo: o trabalho do significante, da frase e da palavra
-Uma prática insistente, elíptica e canibal tecida em notas, citações, colagens e suplementos: o texto estilhaçado.

BIBLIOGRAFIA:

Barthes, Roland (1974). O prazer do texto. Lisboa: Edições 70.
Barthes, Roland (2003). Roland Barthes por Roland Barthes. São Paulo: Estação Liberdade.
Barthes, Roland (2004a) O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes.
Barthes, Roland (2004b) O grau zero da escrita. São Paulo: Martins Fontes.
Blanchot, Maurice. (1984). O livro por vir. Lisboa: Relógio d'Água.
Blanchot, Maurice. (2001a). Los intelectuales en cuestión: Esbozo de una reflexión. Madrid: Tecnos.
Blanchot, Maurice. (2001b). A conversa infinita 1: A palavra plural. São Paulo: Escuta.
Blanchot, Maurice. (2001c). A conversa infinita 2: A experiência limite. São Paulo: Escuta.
Blanchot, Maurice. (2010). A conversa infinita 3: A ausência de livro. São Paulo: Escuta.
Deleuze, Gilles (2003). Conversações. Lisboa: Fim de Século.
Deleuze, Gilles & Guattari, Félix (1992). O que é filosofia. Lisboa: Editorial Presença
Deleuze, Gilles & Guattari, Félix (2004). O Anti-édipo: Capitalismo e esquizofrenia1. Lisboa: Assírio e Alvim.
Deleuze, Gilles & Parnet (2004). Diálogos. Lisboa: Relógio d'Água.
Derrida, Jacques (1978). A escritura e a diferença. São Paulo: Perspectiva
Derrida, Jacques (2001a). Mal de arquivo: uma impressão freudiana. Rio de Janeiro: Relume Dumará.
Derrida, Jacques (2001b). Posições. Porto Alegre: Autêntica.
Derrida, Jacques (2004). Sob palavra: instantâneos filosóficos. Lisboa: Fim de Século.
Derrida, Jacques (2005). Aprender finalmente a viver. Coimbra: Ariane Editora.
Derrida, Jacques & Roudinesco, Elisabeth (2004) De que amanhã… Diálogo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.
Foucault, Michel (1969). L'archéologie du savoir. Paris: Gallimard.
Foucault, Michel (1991). Politics and the study of discourse. In G. Burchell, C. Gordon & P. Miller (Eds.). The Foucault effect: studies in governmentality (pp. 52-72). Londres: Harvester Wheatsheaf.
Foucault, Michel (1992). O que é um autor? Lisboa: Vega
Foucault, Michel (1997). A ordem do discurso. Lisboa: Relógio d'Água.
Foucault, Michel (2004). A hermenêutica do sujeito. São Paulo: Martins Fontes.
Frago, Antonio Viñao (1996). Lenguaje e realidad: El discurso histórico y su aplicación al ámbito histórico-educativo. Anales de Pedagogía, 14, 157-214.
Layder, Derek (1997). Modern social theory: Key debates and new directions. Londres: University College of Londres Press.
Lyotard, Jean-François (2003). A condição pós-moderna. Lisboa: Gradiva
Peters, Michael (2000). Pós-estruturalismo e filosofia da diferença: Uma introdução. Belo Horizonte: Autêntica.
Silva, Tomaz Tadeu da (2000). Teoria educacional e educação: Um vocabulário crítico. Belo Horizontes: Autêntica.



2º semestre

Os doutorandos terão de escolher um dos seguintes seminários:

Tópicos em Estudos de Teatro
Docente: -
Horário: -
Local: Faculdade de Letras
Sinopse da unidade curricular: [ver]

Brevemente...



Tópicos em Estudos Fílmicos
Docente: Professor Doutor João Maria Mendes
Horário: 10 aulas de 3h, sábados das 10h à 13h (sala 427)
Local: Escola Superior de Teatro e Cinema
Sinopse da unidade curricular: [ver]

— Situação do cinema na cultura e no ecossistema audiovisual contemporâneos. A "revolução digital". A bricolage e a collage.
— O cinema como aparelho e instituição, contra-cultura e contra-instituição.
— Imagem e simulacro (a partir de Baudrillard). A "hiper-realidade" e o "real-virtual". O "efeito Pigmalião" (a partir de Stoichita).
— Ontologia da imagem cinematográfica. A imagem como índice, ícone e símbolo . De André Bazin a Lev Manovitch.
— Narrativas: cinema "clássico", "moderno" e contemporâneo. A herança de Propp e dos manuais de screenwriting. A "desconstrução" narrativa contemporânea.
— Cinema, antropologia e etnoficções a partir de Jean Rouch. A auto-etnografia de Catherine Russell. Ficção, documentário e hibridismo.
— O "filme-ensaio", o "cinema de ideias" e o "filme que filosofa": as "imagens pensantes" de Rancière.
— A "escola portuguesa": definição heurística e análise de casos.

Bibliografia de referência:
BARTHES, R. (1980), La Chambre claire, Paris, l'Étoile/Seuil/Gallimard, republ. in Œuvres complètes, vol. V, Paris, Seuil, 2002, 785-890; trad. port. Manuela Torres, A câmara clara, Lisboa, Edições 70, 1981.
BAUDRILLARD, Jean (1981), Simulacres et simulation, Paris, Galilée; trad. port. Simulacros e Simulação, Lisboa, Relógio d'Água, 1991.
BAZIN, André (1958, 1975, póstumo), Qu'est-de que le cinéma?, Paris, Cerf, 1985.
DENSON, Shane, LEYDA, Julia (coord.) (2016), Post-Cinema: Theorizing 21st-Century Film
, Falmer: Reframe Books, 2016, ISBN 9780993199622 (em linha, consultado em Março de 2016).
MANOVITCH, Lev, The Language of New Media, Cambridge & London, MIT Press, 2001.
MENDES, João Maria (2013), (coord.) et al., Novas & velhas tendências no cinema português contemporâneo, Lisboa, Gradiva, col. Artes e Media, 2013.
MENDES, João Maria (2016) Sentidos figurados: cinema, imagem, simulacro, realidade, ed. on line ESTC, disponível no início do Seminário.
RODOWICK, David N. (2007),«An Elegy for Theory», in October nº 122 (Fall), 2007, pp. 91–109.
SOBCHACK, Vivian (1992), The Address of the Eye: A Phenomenology of Film Experience, Princeton University Press.
SOBCHACK, Vivian (2004), Carnal Thoughts: Embodiment and Moving Image Culture, University of California Press.



Tópicos em Estudos de Música
Docente/Coordenador: Professor Doutor Sérgio Azevedo
Horário: Segunda-feira, 16h (sala 0.41)
Local: Escola Superior de Música
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brevemente...



Tópicos em Estudos de Dança
Docente: Professora Doutora Maria José Fazenda
Horário: Quinta-feira, 16h – 19h
Local: Escola Superior de Dança
Sinopse da unidade curricular: [ver]

Centrar-nos-emos na análise e na interpretação da obra coreográfica, atendendo ao contexto histórico e sociocultural da sua criação e ao contexto biográfico dos seus autores. Partiremos da premissa de que a dança é uma prática reflexiva, através da qual se exprimem ou transformam os valores, os ideais estéticos, as conceções de género, as visões do mundo, as identidades e as experiências dos indivíduos. Problematizaremos conceitos e categorias, nomeadamente os de dança e de performance, de bailarino e de intérprete, convocando as perspetivas e os discursos dos praticantes. Desenvolveremos competências de observação e de análise do movimento do corpo no tempo e no espaço, recorrendo a uma terminologia própria, adequada à especificidade desta manifestação. Promoveremos o estudo e a reflexão sobre as práticas da dança e suas representações no cruzamento dos contributos teóricos e metodológicos dados pela antropologia, pela história, pelos estudos de performance e pelos estudos de cultura.



Os doutorandos terão de escolher um dos seguintes seminários:

Arte e Espaço (cenográfico)
Docentes: Professora Doutora Maria Sequeira Mendes / António Lagarto
Horário: Sexta-feira das 17h30 às 20h30 (sala a designar)
Local: Escola Superior de Teatro e Cinema
Sinopse da unidade curricular: [ver]

O programa aprofunda as capacidades de análise, reflexão e conceptualização da percepção do espaço e do objecto artístico, como elementos indissociáveis e unificadores de vivências, memórias, textos, imagens, sons, movimento e sua interacção com o corpo como instrumento mediador. A reflexão incidirá sobre o panorama contemporâneo da Arte e Espaço – da instalação, ao lugar cenográfico, à cidade e à paisagem. A compreensão do acto criativo, na sua complexidade e diversidade e será fomentada a partir da obra de artistas, cenógrafos, encenadores e realizadores fracturantes contemporâneos.

Nota: em 2013-2014 foram convidados Bárbara Coutinho, Carolina E. Santo, Glenn Gordon, Heiner Goebbels e Kathleen Irwin



Arte e Produção (não é oferecido em 2018-2019)
Docente: ...
Horário: ...
Local: Escola Superior de Teatro e Cinema
Sinopse da unidade curricular: [ver]

O programa investigará o modo como algumas produções reinterpretam objectos teatrais tornando-as famosas entre estudiosos e críticos. Procura-se analisar o conjunto de decisões que dá origem a uma versão de um espectáculo (entre os quais se encontram, por exemplo, a selecção de um local, de uma partitura dramatúrgica ou cénica, de um conjunto de colaboradores, etc.) como factores a ter em conta na reflexão sobre uma encenação enquanto objecto de ruptura. Para este efeito, a investigação incidirá num conjunto de espectáculos, reflectindo-se sobre as decisões dos criadores e a sua influência em encenações posteriores. Entre os espectáculos a abordar encontram-se Hamlet, versão de Peter Brook; Tempestade, encenação Robert Lepage; Sleep No More, encenação Punchdrunk, entre muitos outros. Assim, a observação, investigação e reflexão incidirá também numa multiplicidade de espectáculos em cena no momento, ou registados em diferentes formatos.



Arte e Tecnologia
Docente: David Antunes
Horário: a indicar brevemente...
Local: Escola Superior de Teatro e Cinema
Sinopse da unidade curricular: [ver]

Brevemente....



Cadeira Opcional na área de Estudos Avançados em Artes ou Estudos Avançados em Artes, Literaturas e Culturas.

Cadeiras opcionais oferecidas pela Escola Superior de Música: [ver]
História da Música do Cinema (4 semestres, 3 créditos por semestre, avaliação por teste escrito no final de cada semestre)
Docente: Sérgio Azevedo
Horário: sextas-feiras, 11:00 às 13:00, sala 2.1 da ESML
Local: Escola Superior de Música
Sinopse da unidade curricular: [ver]

Brevemente...



História da Música dos Séculos XX / XXI (2 semestres, 3 créditos por semestre, avaliação por teste escrito no final de cada semestre)
Docente: Sérgio Azevedo
Horário: sextas-feiras, 14:00 às 16:00, sala 2.1 da ESML
Local: Escola Superior de Música
Sinopse da unidade curricular: [ver]

Brevemente...



Cadeiras opcionais oferecidas pela Faculdade de Belas Artes: [ver]

Cadeiras opcionais oferecidas pela Faculdade de Letras:
Qualquer dos seminários de doutoramento (3º ciclo) oferecidos pela Faculdade de Letras pode ser escolhido como seminário de opção. É favor consultar a lista de Cursos de Doutoramento

Cadeiras opcionais oferecidas pelo Instituto de Ciências Sociais : [ver]


Métodos e técnicas de pesquisa qualitativa
Docente: Professor Doutor José Machado Pais
Horário: brevemente...
Local: brevemente...
Sinopse da unidade curricular: [ver]



Cadeiras opcionais oferecidas pelo Instituto de Educação: [ver]
Para uma escrita inventiva em investigação em artes
Docente: Professor Doutor Jorge Ramos do Ó
Horário: Terças-feiras 18h30 - 20h30 (Sala 22)
Local: Instituto de Educação
Sinopse da unidade curricular: [ver]

A Unidade Curricular procurará ser um espaço de reflexão sobre questões relacionadas com a pesquisa e a escrita científica no âmbito da investigação artística. O seu objectivo consistirá em explicitar, quer no plano da informação teórica quer no das opções metodológicas, um conjunto de procedimentos no desenho e desenvolvimento de uma investigação original a realizar nos domínio das artes.

O objectivo principal desta Unidade Curricular é problematizar os processos próprios da escrita, para que o aluno de doutoramento percepcione a performance babélica que o seu exercício sempre determina. Trata-se, no essencial, de promover uma discussão intensiva em torno dos bloqueios históricos que atingem a aprendizagem, a produção e a circulação dos textos, a fim de melhor fazer a apologia de uma prática que exibe um não-acabamento consubstancial e que, assim, traduz a impossibilidade de saturar, de totalizar, de finalizar tudo o que seja da ordem da edificação. Com frequência se remeterá para autores como Blanchot, Barthes, Foucault ou Derrida, para quem o trabalho da escrita é o de um jogo infinito, de uma verdade em estado de permanente procura.

Em vez de Unidade Curricular, dever-se-ia aqui falar com mais propriedade em Seminário no sentido que lhe confere Barthes, isto é, um espaço de circulação e comentário horizontal de textos, de produção da diferença interpretativa, de uma fala exercida a partir de notas individuais tomadas a partir da palavra vizinha e de fragmentos de textos múltiplos. Essa estratégia de teatralização da escrita fornece as condições objectivas para a própria tessitura de uma narrativa pessoal que seja capaz de se referir às regras de construção das formações discursivas que nos habitam e que, ao mesmo tempo, possa partir de textualidades várias, absorver, canibalizar e originalizar-se como texto. O papel do professor será pois, apenas, o de orientador dos encontros, aquele que fornece a ocasião, aquele que fala não porque sabe, mas tão só porque escreveu e permanece escrevendo.

JUSTIFICAÇÃO:

As aulas serão realizadas tendo em vista três ordens de problemas visando, no essencial, a desencadear uma nova sensibilidade escritural: (I) as relações entre escrita, poder e verdade, com particular destaque para os procedimentos de controle, seleção, organização e redistribuição das formações discursivas; (II) a função-autor, dando ênfase tanto à assinatura como princípio de agrupamento, unidade e coerência e verdade dos enunciados, quanto à morte do autor; (III) a prática oficinal da escrita, sendo aqui feita a defesa a outrance da intertextualidade e de uma escrita simultaneamente insistente e elíptica, suscetível de inventar novos objetos e paisagens textuais no cruzamento de notas, citações e suplementos. Em todas as sessões existirão tempos de exposição seguidos de actividades de leitura em pequenos grupos para debate e reflexão crítica em colectivo.

Tratar-se-á de situar o problema dos modos de escrita escolar no sentido de um intenso processo de rarefação escriturística promovida pelas práticas pedagógicas, por meio da universalização de um dispositivo curricular que, via um conjunto complexo de operações específicas em torno dos trabalhos de leitura, universaliza e fixa o comentário como o aporte máximo da cultura escolar, mesmo a universitária. As práticas de escrita, alvo precípuo da intervenção pedagógica e objecto de acirradas formas de normalização, de enquadramento e de policiamento, oferecem-se como continente temático privilegiado – embora raramente abordado criticamente, obliterado que é por uma espécie de idealização constante – de interpelação analítica da maquinaria escolar moderna. Trata-se, pois, de situar a escrita não apenas como ponto de chegada dos fazeres, mas como um modus operandi estratégico da disciplinarização institucional escolar.

O mais importante estará em que o aluno do doutoramaneto em artes reconheça a importância de uma apropriação dos temas e debates da teoria social contemporânea, acreditando que lhe pode ser possível reinterpretar velhas e novas produções discursivas, artísticas ou não, da mesma maneira que admita poder começar a produzir uma escrita de autor, isto é, de rompimento e de reinvenção da herança do passado e das afirmações consensuais-naturalizadas do presente. Para tanto, as aulas organizam-se entre a exposição de problemas teóricos com a análise de textos cujo conteúdo possa reverter para o programa individual de escrita de cada aluno. Trata-se, assim, de refletir sobre um trabalho de deslocação que se exerce sobre o jogo de palavras. Deslocar-se na linguagem, conduzir-se pelo mesmo eixo do poder, mas para se chegar aonde não se é esperado; como se, em última instância, se admitisse que o texto contém em si também uma força que permite fugir à palavra, que se agrega indefinidamente, e nos impele para uma outra dimensão, para um lugar ainda não classificado, atópico; como se a língua se pudesse apenas combater no interior da própria língua.

CONTEÚDOS:

Introdução
- A construção do objecto de investigação
- A escrita como produção de um idioma pessoal
- A escrita como circulação entre textos
- A evolução das concepções da produção escrita nos currículos escolares
- As práticas de revisão-reescrita como acelerador da evolução da linguagem escrita
- A aprendizagem da escrita como via de redescoberta, reconstrução e compreensão avançada da língua.
- Uma concepção do trabalho da escrita como prática de diferenciação pedagógica assente em estruturas de comunicação sistemática
- O papel do professor na gestão colaborativa e no apoio directo à produção e ao desenvolvimento da textualidade

1. Antinomias do ler e do escrever nas práticas escolares
- A Gramática da Escola Moderna: antinomias do ler e do escrever
- Disciplina versus ciência: os princípios de rarefação do discurso e a vontade de verdade na modernidade.
- O comentário sobre as narrativas maiores

2. Função-autor e elisão do sujeito da escrita
- O autor como princípio de agrupamento/unidade/origem/coerência do discurso
- As quatro características da função autor: o livro como objeto de apropriação; o fim do anonimato do autor; a atribuição de um discurso a um autor; o valor, a coerência conceptual e a unidade estilística do autor
- A posição transdiscursiva do autor: poder e glória

3. O espectro disciplinar do trabalho escriturístico escolar
- A ideia de método como atalho: a precedência da leitura
- A explicação escolar e os trabalhos da interpretação: modelo, retrato e sentido na leitura - Gramática e verdade: a escrita policiada
- Disciplina e manual escolar: a forma herdada da escrita clássica

4. A escrita como prática de si
- A escrita e o deslocamento do sujeito: o incalculável, o imprevisível
- A vida como obra de arte
- A morte do autor

5. Em defesa de uma agonística da escrita académica
- A lei do crescimento da narrativa e a obra inacabada
- O artesanato do estilo: o trabalho do significante, da frase e da palavra
-Uma prática insistente, elíptica e canibal tecida em notas, citações, colagens e suplementos: o texto estilhaçado.

BIBLIOGRAFIA:

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